10/10/2023Undime
O evento será nos dias 24 e 25 de outubro, em Belo Horizonte; realizado pela Undime/MG e a ANIA/BR, congresso vai reunir especialistas brasileiros e internacionais para debater os avanços e as perspectivas da inclusão de pessoas com deficiência e autistas
Uma em cada 36 crianças aos 8 anos de idade é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo dados do IBGE, 5.640.626 pessoas vivem atualmente diagnosticadas dentro do espectro autista no Brasil. Deste número, 174.771 crianças estavam matriculadas em escolas regulares da Educação Infantil em 2022. No ensino fundamental: eram 914.557 crianças e no Ensino Médio, 203.138. Em todas as fases, houve um aumento considerável nas matrículas em escolas regulares, abandonando o modelo das escolas especiais. (Fonte: SINPRO-DF)
Embora este crescimento e a queda do contexto de classe especial sejam um avanço em decorrência da Política Nacional de Educação Especial, implantada pelo MEC em 2008, a inclusão de qualidade no ensino brasileiro ainda está muito longe da nossa realidade atual.
É com objetivo de debater sobre esta e outras questões de inclusão que, sob o tema “Potencialidades além das limitações: uma abordagem inclusiva da Educação”, educadores, pesquisadores, gestores educacionais, especialistas em inclusão, pais e defensores dos direitos das pessoas autistas e pessoas com deficiência se reunirão, nos dias 24 e 25 de outubro, no I Congresso Internacional de Educação para todos, no Cine Teatro Brasil Vollourec, em Belo Horizonte/MG.
O Congresso tem como objetivo avaliar os erros e acertos até então e revigorar o compromisso com a Política da Educação Especial sob a Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008, desenvolvendo o poder da diferença e das potencialidades humanas para construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva.
"Em Minas Gerais, a tradição se funde com a inovação, criando um mosaico de oportunidades, cultura e diversidade que ecoa pela história do Brasil. Caminhar para o futuro, sem abandonar nossas raízes, sempre foi nosso modo de fazer as coisas. O 'Congresso Internacional de Educação para Todos' é o grande marco do nosso compromisso com nossas crianças, todas elas, e eu tenho certeza que isso irá se confirmar quando, mais uma vez, o pioneirismo mineiro ficar registrado quando formos o estado com o maior número de municípios a receber a certificação do 'Selo Todos Nós' de comprometimento com a inclusão no país" Suely Duque Rodarte, diretora Executiva da Undime/MG.
De acordo com educadores e pesquisadores envolvidos no tema, essa análise não deve ser feita com base no número de matrículas. É necessário concretizar políticas públicas educacionais inclusivas com estratégias visíveis em sala de aula, de forma garantir a acessibilidade curricular desses estudantes. Para eles, preciso incluir com qualidade e não quantidade.
“A escola não pode ser entendida como depósito de alunos. O acesso à escola é apenas o primeiro passo. A inclusão só acontece se o aluno tiver condições de permanência e de aprendizagem reais. É fundamental que o Estado olhe para esses números fazendo uma análise crítica de todas as dificuldades que as escolas enfrentam no processo de inclusão e ofereça soluções efetivas”, diz Guilherme de Almeida, educador e presidente da Associação Nacional para Inclusão de Pessoas Autistas, diagnosticado com autismo aos 38 anos.
Lugar de Fala
Guilherme estará entre o corpo de palestrantes, que traz, como grande diferencial do evento, o “lugar de fala”. A maioria dos especialistas presentes é autista ou pessoa com deficiência. Desta forma, além do conhecimento técnico, as palestras reunirão exemplos práticos de quem conhece as dificuldades da inclusão na pele.
"O Congresso Internacional de Educação para Todos, em Belo Horizonte, é a grande promessa de diálogo sobre a educação em 2023. Neste encontro, convergem mentes e corações de diferentes sujeitos unidos pelo desejo de ampliar horizontes sobre a inclusão em todos os espaços. Aqui, o protagonismo é das pessoas autistas e pessoas com deficiência que irão demonstrar que as limitações não definem o potencial humano”, resume.
Outro ponto de destaque do evento é a presença de pesquisadores internacionais, da França, Espanha e Holanda, trazendo experiências e paralelos da realidade da inclusão de pessoas com deficiência nesses países.
Ao longo dos dois dias, os debates passarão por temas que envolvem a importância de interação das famílias com educadores, a inclusão no Ensino Superior, a importância da avaliação cognitiva e neuropsicológica, a ética e o planejamento como caminhos para a inclusão na prática, uma visão jurídica dos direitos das pessoas com deficiência, além de atividades culturais e lançamento de livro sobre o tema.
Para consolidar o compromisso com o desenvolvimento de todos os temas abordados no encontro, haverá a assinatura simbólica de uma carta de intenções que define critérios objetivos acerca da pertinência do profissional de apoio, a necessidade absoluta de formação continuada para os profissionais da educação e o fortalecimento do Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Confira aqui a programação do Congresso.
Saiba mais em undimemg.org.br
Fonte: Undime/MG
O evento será nos dias 24 e 25 de outubro, em Belo Horizonte; realizado pela Undime/MG e a ANIA/BR, congresso vai reunir especialistas brasileiros e internacionais para debater os avanços e as perspectivas da inclusão de pessoas com deficiência e autistas Uma em cada 36 crianças aos 8 anos de idade é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo dados do IBGE, 5.640.626 pessoas vivem atualmente diagnosticadas dentro do espectro autista no Brasil. Deste número, 174.771 crianças estavam matriculadas em escolas regulares da Educação Infantil em 2022. No ensino fundamental: eram 914.557 crianças e no Ensino Médio, 203.138. Em todas as fases, houve um aumento considerável nas matrículas em escolas regulares, abandonando o modelo das escolas especiais. (Fonte: SINPRO-DF) Embora este crescimento e a queda do contexto de classe especial sejam um avanço em decorrência da Política Nacional de Educação Especial, implantada pelo MEC em 2008, a inclusão de qualidade no ensino brasileiro ainda está muito longe da nossa realidade atual. É com objetivo de debater sobre esta e outras questões de inclusão que, sob o tema “Potencialidades além das limitações: uma abordagem inclusiva da Educação”, educadores, pesquisadores, gestores educacionais, especialistas em inclusão, pais e defensores dos direitos das pessoas autistas e pessoas com deficiência se reunirão, nos dias 24 e 25 de outubro, no I Congresso Internacional de Educação para todos, no Cine Teatro Brasil Vollourec, em Belo Horizonte/MG. O Congresso tem como objetivo avaliar os erros e acertos até então e revigorar o compromisso com a Política da Educação Especial sob a Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008, desenvolvendo o poder da diferença e das potencialidades humanas para construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva. "Em Minas Gerais, a tradição se funde com a inovação, criando um mosaico de oportunidades, cultura e diversidade que ecoa pela história do Brasil. Caminhar para o futuro, sem abandonar nossas raízes, sempre foi nosso modo de fazer as coisas. O 'Congresso Internacional de Educação para Todos' é o grande marco do nosso compromisso com nossas crianças, todas elas, e eu tenho certeza que isso irá se confirmar quando, mais uma vez, o pioneirismo mineiro ficar registrado quando formos o estado com o maior número de municípios a receber a certificação do 'Selo Todos Nós' de comprometimento com a inclusão no país" Suely Duque Rodarte, diretora Executiva da Undime/MG. De acordo com educadores e pesquisadores envolvidos no tema, essa análise não deve ser feita com base no número de matrículas. É necessário concretizar políticas públicas educacionais inclusivas com estratégias visíveis em sala de aula, de forma garantir a acessibilidade curricular desses estudantes. Para eles, preciso incluir com qualidade e não quantidade. “A escola não pode ser entendida como depósito de alunos. O acesso à escola é apenas o primeiro passo. A inclusão só acontece se o aluno tiver condições de permanência e de aprendizagem reais. É fundamental que o Estado olhe para esses números fazendo uma análise crítica de todas as dificuldades que as escolas enfrentam no processo de inclusão e ofereça soluções efetivas”, diz Guilherme de Almeida, educador e presidente da Associação Nacional para Inclusão de Pessoas Autistas, diagnosticado com autismo aos 38 anos. Lugar de Fala Guilherme estará entre o corpo de palestrantes, que traz, como grande diferencial do evento, o “lugar de fala”. A maioria dos especialistas presentes é autista ou pessoa com deficiência. Desta forma, além do conhecimento técnico, as palestras reunirão exemplos práticos de quem conhece as dificuldades da inclusão na pele. "O Congresso Internacional de Educação para Todos, em Belo Horizonte, é a grande promessa de diálogo sobre a educação em 2023. Neste encontro, convergem mentes e corações de diferentes sujeitos unidos pelo desejo de ampliar horizontes sobre a inclusão em todos os espaços. Aqui, o protagonismo é das pessoas autistas e pessoas com deficiência que irão demonstrar que as limitações não definem o potencial humano”, resume. Outro ponto de destaque do evento é a presença de pesquisadores internacionais, da França, Espanha e Holanda, trazendo experiências e paralelos da realidade da inclusão de pessoas com deficiência nesses países. Ao longo dos dois dias, os debates passarão por temas que envolvem a importância de interação das famílias com educadores, a inclusão no Ensino Superior, a importância da avaliação cognitiva e neuropsicológica, a ética e o planejamento como caminhos para a inclusão na prática, uma visão jurídica dos direitos das pessoas com deficiência, além de atividades culturais e lançamento de livro sobre o tema. Para consolidar o compromisso com o desenvolvimento de todos os temas abordados no encontro, haverá a assinatura simbólica de uma carta de intenções que define critérios objetivos acerca da pertinência do profissional de apoio, a necessidade absoluta de formação continuada para os profissionais da educação e o fortalecimento do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Confira aqui a programação do Congresso.Saiba mais em undimemg.org.br Fonte: Undime/MG