09/08/2023Undime
Debate fez parte das discussões promovidas no último dia do 19º Fórum Nacional da Undime
A prática dialógica na promoção de uma escola segura norteou a conferência “Segurança e proteção no ambiente escolar”, protagonizada pela coordenadora do Programa de Estudos e políticas sobre juventudes, educação e gênero: violências e resistências da Flacso Brasil, pesquisadora Miriam Abramovay, e pelo coordenador-geral de Políticas Educacionais para a Juventude da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC), Yann Evanovick. O debate aconteceu na tarde desta quarta-feira (9).
Na abertura, a presidente da Undime Sergipe, Dirigente Municipal de Educação de Nossa Senhora do Socorro/SE, e mediadora, profa. Josevanda Franco, leu a “Carta Aberta aos Dirigentes Municipais de Educação”, publicada pela Undime em 17 de abril, a qual compartilha informações, orientações e recomendações sobre uma escola mais segura, e convidou os dirigentes municipais de educação a apresentarem o documento às respectivas redes.
Abrindo a conferência, Yann Evanovick apresentou as Políticas Integradas de Proteção do Ambiente Escolar, como estratégias do MEC, primeiramente, com a constituição de um Grupo de Trabalho Interministerial. As políticas perpassam por estabelecimento de uma canal de diálogo permanente, a elaboração de uma cartilha de recomendações para a proteção e segurança no ambiente escolar, e os programas de fomento e investimentos orçados em R$ 3,115 bilhões, a exemplo do PDDE básico, do Plano de Ações Articuladas.
“Tivemos a preocupação de não promover gatilhos, ou seja, os desafios de construir todo o plano na perspectiva dialógica, de não violência. É preciso construir cada vez mais escola e na sociedade um sentimento de pertencimento”, afirmou.
A pesquisadora Miriam Abramovay continuou, em seguida, conceituando a escola, a diversas violências, a exemplo da institucional, do cotidiano, todas elas recorrentes nas escolas. Também mostrou através de pesquisa do Sou da Paz e do Anuário Brasileiro de Segurança 2023, com dados do Saeb, a percepção de professores e as formas de violências. “Quando se fala em violência, convivência e proteção, poderemos seguir vários caminhos. Para isso, temos que propor soluções”, disse.
Para levar soluções às escolas brasileiras no que tange a segurança, Miriam Abramovay disse não acreditar em planejamento sem um diagnóstico. Para isso, instigou os presentes a responderem as possíveis pesquisas sobre a temática e a conhecerem o “clima escolar”, posto por ela como todo o ambiente que vai desde às percepções físicas, aos tipos de violências, ao ambiente escolar, aos extremismos, entre outros fatores.
A mediadora Josevanda Franco em suas considerações finais, destacou que fenômenos complexos, como as violências, exigem também soluções complexas, mas que se faz necessário avançar no sentido de que a solução está diante de dois pilares próprios da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente: a articulação e a intersetorialidade.
Ao final, Miriam Abramovay pediu a fala e ressaltou que estudos científicos comprovam que medidas repreensivas não têm refletido positivamente na escola, ao contrário, faz os alunos se tornarem mais violentos. “A militarização na escola é gravíssima. Tivemos a proibição de falar de gênero na escola, quando adolescentes estão numa etapa que devem ouvir. Tivemos medidas repreensivas e agora temos que pensar em medidas de convivências”, afirmou.
Fonte/Foto: Undime
Debate fez parte das discussões promovidas no último dia do 19º Fórum Nacional da Undime A prática dialógica na promoção de uma escola segura norteou a conferência “Segurança e proteção no ambiente escolar”, protagonizada pela coordenadora do Programa de Estudos e políticas sobre juventudes, educação e gênero: violências e resistências da Flacso Brasil, pesquisadora Miriam Abramovay, e pelo coordenador-geral de Políticas Educacionais para a Juventude da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC), Yann Evanovick. O debate aconteceu na tarde desta quarta-feira (9). Na abertura, a presidente da Undime Sergipe, Dirigente Municipal de Educação de Nossa Senhora do Socorro/SE, e mediadora, profa. Josevanda Franco, leu a “Carta Aberta aos Dirigentes Municipais de Educação”, publicada pela Undime em 17 de abril, a qual compartilha informações, orientações e recomendações sobre uma escola mais segura, e convidou os dirigentes municipais de educação a apresentarem o documento às respectivas redes. Abrindo a conferência, Yann Evanovick apresentou as Políticas Integradas de Proteção do Ambiente Escolar, como estratégias do MEC, primeiramente, com a constituição de um Grupo de Trabalho Interministerial. As políticas perpassam por estabelecimento de uma canal de diálogo permanente, a elaboração de uma cartilha de recomendações para a proteção e segurança no ambiente escolar, e os programas de fomento e investimentos orçados em R$ 3,115 bilhões, a exemplo do PDDE básico, do Plano de Ações Articuladas. “Tivemos a preocupação de não promover gatilhos, ou seja, os desafios de construir todo o plano na perspectiva dialógica, de não violência. É preciso construir cada vez mais escola e na sociedade um sentimento de pertencimento”, afirmou.A pesquisadora Miriam Abramovay continuou, em seguida, conceituando a escola, a diversas violências, a exemplo da institucional, do cotidiano, todas elas recorrentes nas escolas. Também mostrou através de pesquisa do Sou da Paz e do Anuário Brasileiro de Segurança 2023, com dados do Saeb, a percepção de professores e as formas de violências. “Quando se fala em violência, convivência e proteção, poderemos seguir vários caminhos. Para isso, temos que propor soluções”, disse.Para levar soluções às escolas brasileiras no que tange a segurança, Miriam Abramovay disse não acreditar em planejamento sem um diagnóstico. Para isso, instigou os presentes a responderem as possíveis pesquisas sobre a temática e a conhecerem o “clima escolar”, posto por ela como todo o ambiente que vai desde às percepções físicas, aos tipos de violências, ao ambiente escolar, aos extremismos, entre outros fatores. A mediadora Josevanda Franco em suas considerações finais, destacou que fenômenos complexos, como as violências, exigem também soluções complexas, mas que se faz necessário avançar no sentido de que a solução está diante de dois pilares próprios da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente: a articulação e a intersetorialidade.Ao final, Miriam Abramovay pediu a fala e ressaltou que estudos científicos comprovam que medidas repreensivas não têm refletido positivamente na escola, ao contrário, faz os alunos se tornarem mais violentos. “A militarização na escola é gravíssima. Tivemos a proibição de falar de gênero na escola, quando adolescentes estão numa etapa que devem ouvir. Tivemos medidas repreensivas e agora temos que pensar em medidas de convivências”, afirmou. Fonte/Foto: Undime